Depressão é coisa de maluco. Tinha um cara que trabalhava aqui que era muito depressivo. Pra se ter uma idéia, outro dia eu ia fazer um serviço externo (office –boy) e pra aproveitar que eu ia sair eu perguntei pra ele: “Você quer alguma coisa da rua?” E ele: “Queria que ela olhasse mais pra mim!”... Aí eu falei pra ele que não era assim, que tinha quem se importasse com ele, e que valia a pena viver etc.
Mas é difícil viu, outro dia ele estava mal, se sentia traído, descobriu que a composição da bolacha água e sal não é só água e sal. O que eu ia falar pra ele? “Você sabe qual é a do bolinho de chuva?” Pô, aí ele se matava. Talvez fosse até melhor, mas ele falou que também não vê saída na morte, que tem pavor de caixão, que tem claustrofobia... Ah se mata, ou, não... sei lá. Falei pra ele pra ele que não era legal viver daquele jeito, uma vida sem esperanças, aí ele me disse que pior sou eu, que vivo uma esperança sem vida... Eu fiquei um tempo em silêncio, olhei nos olhos deles e falei: “Quê???”. Ah pára com esse papo – eu disse – você está parecendo skatista, adora uma depressão!!! É, depois dessa ele se matou...
segunda-feira, 26 de novembro de 2007
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2 comentários:
passei perto disso qdo me disseram que a batatinha qdo nasce espalha rama pelo chão, e não esparrama. Como fizeram isso comigo?
pior que essa piadinha do skatista só as minhas...rs...
bjs
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