segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Mal me quer, mau me quer...

Depressão é coisa de maluco. Tinha um cara que trabalhava aqui que era muito depressivo. Pra se ter uma idéia, outro dia eu ia fazer um serviço externo (office –boy) e pra aproveitar que eu ia sair eu perguntei pra ele: “Você quer alguma coisa da rua?” E ele: “Queria que ela olhasse mais pra mim!”... Aí eu falei pra ele que não era assim, que tinha quem se importasse com ele, e que valia a pena viver etc.
Mas é difícil viu, outro dia ele estava mal, se sentia traído, descobriu que a composição da bolacha água e sal não é água e sal. O que eu ia falar pra ele? “Você sabe qual é a do bolinho de chuva?” Pô, aí ele se matava. Talvez fosse até melhor, mas ele falou que também não vê saída na morte, que tem pavor de caixão, que tem claustrofobia... Ah se mata, ou, não... sei lá. Falei pra ele pra ele que não era legal viver daquele jeito, uma vida sem esperanças, aí ele me disse que pior sou eu, que vivo uma esperança sem vida... Eu fiquei um tempo em silêncio, olhei nos olhos deles e falei: “Quê???”. Ah pára com esse papo – eu disse – você está parecendo skatista, adora uma depressão!!! É, depois dessa ele se matou...

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Consciencias Negras

Eu acha tudo isso engrraçado. Agora as negros tem um feriado, o ‘dhia do consciência negra’. As negros tem um feriado! Isaac sabe, Isaac sabe, é um feriado que só ecsiste por causa da preconceita. As negros foram tão maltratados que os brancos decidirram limpar suas consciências, que eshtavam um pouco negras, dizendo assim: vamos cedê-los um diazinho para lembrar da sua histórria, coitadinha das negros, coitadinha.

Mas pelo menos as negros conseguiram um feriado. Sim. Foram maltratados, mas hoje os brancos já gostam um pouquinho das negros. E nós, as judeus, por que as brancos não gosta nem um pouquinha de nós, por acaso não fomos maltratadas o suficiente? Vão dizer que não se lembrram daquele maluco da bigodinho? Se acham pouco, nós já tivemos tempos piores na Babilônia, na deserto, na Egito... parece que jogamos pedra na cruz. É, no verdade, nós jogamos mesmo. Mas olha só, agora Isaac também comemora o Natal com vocês. Non, non, o nascimento de Jesus non faz parte do nosso calendário, mas é que o lodjinha vende que é uma festa! Ho-Ho-Ho.

Não nos julguem sem motivo, nós não gosta só de dinheiro, nós também gosta das pessoas, elas que compram no lodjinha, e para ninguém ficar triste podemos criar um dia para todas as raças, e como é a palavra... etchnia, isso! E todos podemos comemorrar juntas: as negras, índias, orientais, norte-americanos, as europeus, Russas e indianas. Todos os povos sem preconceita.

Bom, menos as Árabes. Aqueles aves de rapina.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Descoberta científica: freqüência sonora frita o cérebro

Cientistas acabam de descobrir que a batida grave e contínua produzida por computadores e outros meios eletrônicos, emitem uma freqüência sonora altamente destrutiva, que queima os neurônios, prejudica a audição e irrita bastante. A pessoa exposta a esse tipo de som por muito tempo acaba perdendo a capacidade de discernimento, a sensibilidade, e ainda sofre um distúrbio parecido com ataque um epilético, em que a pessoa não consegue parar de se mexer e fica se contorcendo, parecendo uma lagartixa com pulgas. Esse movimento torna–se involuntário e prejudica a pessoa ao ponto dela tomar pílulas para continuar se contorcendo quando o corpo já não agüenta mais. Como qualquer outra droga, esse tipo de som vicia, e os que já não têm cérebro procuram se reunir em bandos para ficar dias e mais dias seguidos ouvindo essa música de computador sem parar.
Para os que não gostam desse som, é preciso ter cuidado, basta ouvir dois minutos e a freqüência se repetirá por muito tempo na sua cabeça, já que a melodia é fácil, feita para ludibriar. Vá correndo ouvir músicas produzidas por instrumentos de verdade, ainda que esses instrumentos sejam em sua maioria de percussão e um cavaquinho, já é melhor.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Dor de cabeça

Hoje eu não fui trabalhar, peguei uma gripe que a febre não abaixa nem a pau. Se pelo menos fosse o pau que não abaixasse nem a febre, valeria a pena. Morrendo de dor de cabeça, fui dar um rolê de meia pela casa e encontrei um cara estranho na cozinha. Não era só um cara estranho do tipo: quem é você? Era também um cara estranho do verbo: nossa como você é estranho.

Veja como somos preconceituosos. Olhei rapidamente em cima da estantezinha da sala e não vi minha carteira, meus olhos quase saltaram de dor, esqueci de não olhar rapidamente, mas não achei nem a chave do carro, nem o maço de cigarro. O fato de não encontrar o cigarro tudo bem, porque eu não fumo, não tinha nenhum cigarro mesmo. Mas o que explica desaparecimento do resto?

- Olha, esse é meu namorado. Já fiz seu café, lavei aquela sua blusa e guardei as coisas que você deixou em cima da estantezinha da sala. você tá doente?

Ah, bom! A Edneuza tava de namorado novo. Eles se conheceram na igreja. Têm a bênção do pastor e tudo. Estranho, sempre achei que eles fossem lá para se encontrar com Deus. Mas eu desejei felicidade e perguntei se ele se deu bem com os dois filhos do primeiro casamento dela, o outro filho do segundo casamento e a menina que ela pegou da irmã para criar. A irmã é uma história a parte, nem queira saber. Ah! deu bem, sim, disse ela, e os três filhos dele também, a gente se deu muito bem.

Que bom né, percebi que você estava mais contente, mesmo. Você canta mais quando está contente. Canta mais alto também. Não ta afins de fazer umas aulas?

Voltei pra cama imaginando que a vida dela era muito difícil. Difícil até de estar feliz, com esse monte de filho e responsabilidade, que dor de cabeça! A minha não, a dela, e essa não passa amanhã. Pensei nisso enquanto abracei meu travesseiro. Tava muito doente, sabe como é. Precisava de um carinho.


*Algumas piadinhas desse texto são seminovas, mas em perfeito estado de uso.