Foi a maior comoção nacional já vista, o velhinho simpático dedicou sua vida às pessoas, não mediu esforços para fazer o bem e a caridade. E agora, a beira da morte era uma unanimidade. Quando os médicos disseram que era questão de tempo, a imprensa se instalou na porta do hospital, todos os meios de comunicação queriam noticiar a perda, até o presidente em solenidade declarou que seria feriado nacional nesta triste data. Chegavam pessoas do país inteiro para prestar-lhe a última homenagem, mesmo pessoas que só foram conhecer sua história de última hora mostravam seus sentimentos, chovia flores e cartas comoventes.
Ele nunca imaginou receber tanto carinho, e após presenciá-lo, desejou com todas as suas forças, continuar vivo. Queria poder continuar servindo as pessoas, ajudando quem precisasse, e na cama do hospital travou uma batalha milagrosa com a morte, não se deixava vencer. Essa situação toda levou algum tempo, tempo suficiente para a TV não poder ficar mais de plantão. Então, de vagar, as pessoas foram perdendo o interesse. O presidente se esqueceu da promessa - mais uma - até que o velho não resistiu. Morreu sozinho.
Achou, por um momento, que as pessoas se importavam com ele.
terça-feira, 15 de janeiro de 2008
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